quarta-feira, 24 de agosto de 2011

“Não assuma responsabilidades pela metade”

 
Você é capaz de fazer tudo o que desejar, mas será que está preparado? Você pode estar preparado, mas será que sua espirituailidade vai continuar a mesma? Você tem espiritualidade para conquistar, mas será que isto é o que você deseja?
Durante quatro anos de ministério fui coordenador de jovens na igreja em que congregava. Na época quando iniciei a liderança do grupo, ainda era vice-coordenador, dois anos depois fui separado para a direção geral do grupo. Fiquei muito feliz com a oportunidade que Deus havia me concedido. Me dediquei de corpo, alma e espírito. Rapidamente os frutos foram aparecendo. Todas as quintas nos reuniamos na igreja para clamarmos por um avivamento espiritual no grupo, jovens que não eram crentes apareciam a todo o momento. Ainda me recordo de um jovem que não era crente que foi convidado a participar da reunião de quinta, na sexta-feira seguinte ele estava no culto totalmente transformado buscando a Jesus de todo o seu coração. Eu estava me dedicando 100% por aquele grupo de jovens, então a mão de Deus achou liberdade para atuar de forma sobrenatural. Não há preço pago de forma intensa que não tenha retorno em nossos objetivos, mas lembre-se isso acontece quando eles são baseados nos objetivos de Cristo.
A igreja possuía uma congregação em um bairro na entrada da cidade, congregação esta que passava por dificuldades, já haviam sido enviados dois obreiros para dirigir a mesma e pregassem o evangelho naquele bairro, mas os dois não deram frutos, não me pergunte porquê, e o obreiro atual já estava conversando com o pastor presidente para entregar a mesma a outro, pois não tinha mais forças. Num determinado dia chegou a mim a notícia de que o pastor fecharia a congregação por falta de  obreiros para a dirigir, minha alma angustiou-se, eu não aceitava tal decisão, meu coração palpitava rapidamente e sem pensar me ofereci para dirigir a congregação. Aquela obra não podia fechar, havia almas naquele lugar, haviam pessoas que poderiam conhecer a Cristo naquele bairro através daquela pequena igreja. Parece que aconteceu hoje, havia um obreiro na sala da casa do pastor, não vou citar o nome, mas ainda me lembro de sua frase sobre a congregação:
- Aquela obra não cresce porque esta mal localizada! – Disse ele pretensiosamente, para mim simplesmente tentava justificar seu fracasso, sua incapacidade. – É que não há outro local... Difícil, não é?
Prontamente respondi que a localidade não representava nada se quem a estivesse dirigindo estivesse debaixo da unção de Deus, isso respondi na minha simplicidade, mas se fosse hoje, diria que se trata de algo mais complexo, unção e motivação, você tem unção? Ok. Então o que te motiva? Mas isto é algo que trataremos mais a frente.
Naquele fim de tarde me ofereci.
- Pastor me dá uma chance! – Pedi encarecidamente, não por mim, eu já tinha meu lugar, mas por eles. – Por favor, não feche aquela obra, se eu não conseguir então o senhor pode abaixar as portas.
Durante duas semanas ele alternou entre mim e uma obreira que também havia se oferecido, foi então que depois de alguma forma eu fui nomeado o dirigente. Quando realmente fui nomeado contabilizei o número de membros que totalivam três contando comigo, mais uma vez me dediquei de corpo, alma e espírito. Trabalhava seis horas por dia na prefeitura, saindo às duas da tarde, então separava algumas tardes da semana para evangelizar e fazer visitas no bairro. No começo parecia que não ia acontecer nada, mas depois os frutos começaram a aparecer, quando vi já eramos dez, quinze, vinte e Deus foi nos abençoando. Estaria tudo certo, se eu não tivesse ainda coordenando o grupo de jovens. Agora eu não era mais 100% para o grupo de jovens, eu era 50% para o grupo de jovens e 50% para a congregação e sabe o que aconteceu, os trabalhos com os jovens agora se resumiam em ensaios para a apresentação dominical e nada mais, as consequências disso vieram rapidamente. Percebi a espiritualidade do grupo sofrer uma queda rapida, depois o desanimo e enfim não tinhamos mais a chama de antes.
Preocupações me assaltaram o coração, então iniciei uma tentativa frustrada e mal planejada para levantar o grupo, virando meus esforços para aquilo, resultando em problemas espirituais na congregação e assim foi até que no final do ano entreguei o grupo de jovens para me dedicar a congregação. Moral da história: Nunca faça nada pela metade e as vezes para isso não acontecer devemos deixar de assumir responsabilidades que Deus não nos confiou naquele momento, Deus nunca vai te dar responsabilidades que você não possa suportar, mas não pegue para si responsabilidades que Ele não te deu. Nunca faça nada pela metade.
Assumir mais de uma responsabilidade que exige muito de você resultará em sua entrega parcial para os dois e nenhum deles apresentará o crescimento esperado.

Um comentário:

  1. Paz do senhor irmão Bruno.
    Grande post este seu, eu tbm penso igual o irmão, a pouco tempo entrei para o grupo de louvor da igreja, e me dedico muito ao que estou fazendo por issu evito assumir outros trabalhos na igreja, procura buscar a perfeição , já que sei quem é o dono da obra.
    ( o irmão tem uma maneira muito boa de escrver)

    Deus te abençoe.

    Dinei nunes

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